VOCÊ TEM PAZ?
Um dos grandes problemas na vida das pessoas, nos dias atuais, é a falta de paz. Ah, como tem gente que não conhece o que é ter paz! Até porque tudo – ou quase tudo – que ocorre em suas vidas contribui para a falta de paz. Este, por sinal, é um problema de ordem universal, que atinge pessoas de todos os lugares, de todos os credos, todas as raças, ideologias e todas as condições sociais. E o mais interessante é que o ser humano deseja a paz, clama por paz, busca a paz, anseia pela paz – mas não sabe como construí-la, como alcançá-la. A mesma falta de paz que acarreta problemas na esfera individual também afeta a esfera coletiva. Como alguns indivíduos, isoladamente, não conseguem atingir um salutar estágio de paz, comunidades inteiras, países inteiros também padecem do mesmo mal, vivendo um exagerado e elevado patamar de ansiedade e conflitos que sempre deságuam na ausência de paz.
Segundo o dicionário dos homens, paz é a ausência de conflitos, de lutas, violências ou perturbações sociais. Também significa sossego, descanso, tranqüilidade, concórdia, harmonia. Como se vê, não deixa de ser interessante e alvissareiro o conceito, a definição de paz segundo a ótica dos homens. Aliás, respeito muito esse conceito, esse significado de paz segundo a visão humana. Mas prefiro a paz segundo o conceito de Deus. Este nos introduz num contexto bem mais amplo, profundo e abrangente do que, realmente, significa a paz. O termo vem do hebraico “shalom” e tem um sentido tão amplo que em nenhuma outra língua pode ser expresso através de um só termo. Originalmente, paz significa está completo, está são, está bem em todos os sentidos, ser próspero e feliz. Ter saúde, alegria, vida digna demonstrada através do perfeito equilíbrio entre a necessidade e a provisão.
Portanto, paz é o completo bem estar traduzido no seu mais profundo significado: paz com Deus, paz conosco e com os nossos semelhantes. Na Bíblia há uma passagem que bem demonstra a profundidade do termo, através de um dos textos do apóstolo Paulo (2 Ts.3.16) que diz: “Ora, o Senhor da Paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias”. Nessas simples palavras de despedida, escritas numa carta endereçada aos cristãos de Tessalônica, Paulo chega ao âmago da questão quando recebe a revelação de Jesus Cristo “o Senhor da paz”. Está aí, portanto, o grave equívoco cometido por grande parte da humanidade quando tenta, fora do contexto construído por Jesus, encontrar a paz. Ora, a paz não é atributo de homens! A paz é um dom de Deus que se expressa em Jesus. Afinal, não foi ele quem nos garantiu “Eu vos dou a minha paz?”
Então, porque buscar a paz fora de Jesus? Em outra ocasião, logo após a ressurreição, ao aparecer aos discípulos, antes de falar qualquer coisa, Jesus disse: “A paz seja convosco”. Pois era exatamente de paz o que mais seus seguidores precisavam naquele momento. Estavam trancados, atemorizados após a crucificação de Jesus, sem saber o que poderia lhes acontecer da parte de Roma e dos poderosos sacerdotes judeus. Jesus sabia do temor que se apossara de todos eles e ministrou-lhes, de início, a paz. A paz que equilibra, que acalma, que acalenta. Hoje, do mesmo modo que naquele tempo, o temor, a insegurança, a ansiedade se apossam das pessoas infernizando suas vidas, tirando-lhes o sono e apequenando-lhes a qualidade de vida. Para estas, Jesus continua a oferecer a paz, a sua paz, a “que excede todo o entendimento”. Por sinal, agora, nesse momento, você está em paz?
Públio José – jornalista
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