quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

REFLEXÃO

               Nossa! Já estamos no quarto dia do ano novo! (04/01/13) Parece que estou na janela de um trem a contemplar o tempo. O tempo presente. E só consigo contemplar o presente, porque um só "tempo" existe, porém, em três grandes dimensões: O tempo presente do transato(do passado, do que se tornou "velho", do anterior...) que naquele instante nos trás os acontecimentos passados e que estão na memória, quer individual, quer coletiva, local ou extra e que jamais se repetirá e que não mais poderá ser mudado... O tempo presente do presente que naquele instante exato está acontecendo, como agora, neste exato momento me expresso(aqui sentado, em frente ao computador, escutando os sons atormentadores da "polis", com os roncos dos carros, buzinas, batidas duma construção e coisas mais que nem percebo...) e tudo o que está acontecendo ao meu redor, no mundo, no cosmos(e, com certeza, quando você estiver lendo - para mim já no presente-futuro, não mais será este meu tempo presente-presente)... É o tempo que me aproprio e posso mudá-lo com as minhas decisões e de outrem nesta sinfonia da vida terrena e cósmica. Porém, a cada milésimo de segundo vai se tornando transato e não mais posso mudá-lo e nem dele me apropriar... O tempo presente do futuro que me faz vislumbrar os meus desejos, esperanças, sonhos e utopias - o que há de "por vir" a ser. Neste, enquanto por vir, posso planejá-lo, vislumbrando atitudes minhas que podem apontar um novo tempo(levando em conta a escravidão à liberdade minha e dos outros semelhantes - o ser humano é tão livre, tão livre que ele se torna escravo desta sua própria liberdade, não lhe restando nada a fazer a não ser sempre e sempre escolher - vivemos, pois, num mundo de escolhas...) que se tornará presente do presente e, tão logo em seguida, de forma rápida e mágica, presente do passado e, novamente aí, jamais poderá ser apropriado para mudá-lo... "Nada do que foi será de novo como há gente viu há um segundo..." E assim, a vida(a minha vida) vai se "esvaindo" e eu paulatinamente vou "morrendo", quem sabe para no presente do futuro ser eterno, onde não há lugar para o tempo... porque aqui, neste presente-passado-presente-presente-presente-futuro a partir da minha ótica como passageiro deste trem veloz, o tempo me marca e me destrói, pois o tempo só existe para mim, enquanto passageiro. Ademais, para o Eterno, o tempo não há, por ser Ele eterno... No presente futuro espero, não mais existindo no tempo, ser para sempre, Nele, com Ele, para Ele! Amém! 

Diác. Francisco Adilson

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