sábado, 19 de março de 2011

ECLESIOLOGIA - DOUTRINA DA IGREJA

A palavra IGREJA provém do grego ekklesia (assembléia). Entende-se por igreja a totalidade dos salvos em Cristo, dos que estão compromissados com a obra do Senhor, dos separados (santos) pela aceitação de Jesus como Senhor e Salvador. A Igreja é aqui na terra o Corpo Místico de Cristo. Nesta acepção, é chamada Igreja invisível, a que tem vida interior espiritual. Cristo é a cabeça desse corpo. Dá-se o nome de Igreja Local ao grupo de pessoas ¬ chamadas de membros - unidas na mesma fé em Cristo Jesus, que se reúnem regularmente em determinado lugar, sob a coordenação e direção de um chefe espiritual. Neste caso, chama-se Igreja visível, ou seja, a igreja institucional, organizada, formal, terrena. Individualmente, o membro da igreja não é igreja. O termo “Igreja” foi mencionado pelo Salvador em duas ocasiões:

1) “E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Marcos 16.18). “Tu és Pedro” (“petros”, palavra grega designativa de pequenos blocos rochosos, fragmentos de rocha, pedras pequenas, pedras de arremesso). “Sobre esta pedra (“petra”, rocha grande e firme). Logo, a Igreja seria firmada sobre a Rocha. Jesus é a “petra”, a Rocha sobre a qual Sua Igreja está edificada (Daniel 2.34; Efésios 2.20; Atos 4.11; Romanos 9.33; 1 Coríntios 10.4; 1 Pedro 2.4). Se a Igreja é o corpo de Cristo, Pedro não poderia ser o cabeça da Igreja. A cabeça desse corpo é o Senhor Jesus (Efésios 1.22-23; Colossenses 1.18).

2) “E, se não as ouvir [as testemunhas] dize-o à Igreja; e, se também não ouvir a Igreja, considera-o como gentio e cobrador de impostos” (Mateus 18.17). Entre Cristo e a Igreja existe plena comunhão (Mateus 18.20; Marcos 16.15-18).

A Igreja Católica define-se pelas palavras do Credo Niceno-Constantinopolitano, como:

UNA porque nela subsiste a única instituição verdadeiramente fundada e encabeçada por Cristo para reunir o povo de Deus, porque ela tem como alma o Espírito Santo, que une todos os fiéis na comunhão em Cristo e porque ela tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança e a mesma caridade.

SANTA por causa da sua ligação única com Deus, o seu Autor, porque "o Espírito Santo vivificou-a com a caridade" e porque ela é a "Esposa de Cristo"; também porque ela, através dos sacramentos, tem por objectivo santificar, purificar e transformar os fiéis, reunindo-os todos para o seu caminho de santificação, cujo objectivo final é a salvação, que consiste na vida eterna, na realização final do Reino de Deus e na obtenção da santidade.

CATÓLICA porque a Igreja é universal e está espalhada por toda a Terra; é portadora da integralidade e totalidade do depósito da fé; "leva e administra a plenitude dos meios" necessários para a salvação" (incluindo os sete sacramentos), dados por Jesus à sua Igreja; "é enviada em missão a todos os povos, em todos os tempos e qualquer que seja a cultura a que eles pertençam"; e nela está presente Cristo.

APOSTÓLICA porque ela é fundamentada na doutrina dos Apóstolos cuja missão recebeu sem ruptura. Segundo a Doutrina Católica, todos os Bispos da Igreja são sucessores dos Apóstolos e o Papa, Chefe da Igreja, é o sucessor de São Pedro ("Príncipe dos Apóstolos"), que é a pedra na qual Cristo edificou a sua Igreja.

Além disso, a Igreja, entre os seus inúmeros nomes, também é conhecida por:

Corpo de Cristo porque os católicos acreditam que a Igreja não é apenas uma simples instituição, mas um corpo místico constituído por Jesus, que é a Cabeça, e pelos fiéis, que são membros deste corpo único, inquebrável e divino. Este nome é assente também na fé de que os fiéis são unidos intimamente a Cristo, por meio do Espírito Santo, sobretudo no sacramento da Eucaristia. A Igreja Católica acredita que os cristãos não-católicos também pertencem, apesar de um modo imperfeito, ao Corpo Místico, visto que tornaram-se uma parte inseparável d'Ele através do Batismo - constituindo assim numas das bases do ecumenismo actual. Ela defende também que muitos elementos de santificação e de verdade estão também presentes nas Igrejas e comunidades cristãs que não estão em plena comunhão com o Papa.

Esposa de Cristo porque o próprio Cristo "Se definiu como o «Esposo» (Mc 2,19) que amou a Igreja, unindo-a a Si por uma Aliança eterna. Ele entregou-se a Si mesmo por ela, para a purificar com o Seu sangue, «para a tornar santa» (Ef 5,26) e fazer dela mãe fecunda de todos os filhos de Deus"

Templo do Espírito Santo porque o Espírito Santo reside na Igreja, no Corpo Místico de Cristo, e estabelece entre os fiéis e Jesus Cristo uma comunhão íntima, tornando-os unidos num só Corpo. Para além disso, Ele guia, toma conta e "edifica a Igreja na caridade com a Palavra de Deus, os sacramentos, as virtudes e os carismas".

Pe. Jonerikson Gomes
Vigário Paroquial
Macaiba.

sexta-feira, 18 de março de 2011

POSSE DO NOVO ADMINISTRADOR PAROQUIAL

Está marcada para quarta-feira, 23/03, a posse do novo Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Livramento, às 19h, na Igreja Matriz, em Taipu.
Além da presença dos fiéis de toda a paróquia que são convocados a participar desta cerimônia, estarão presentes alguns padres do clero da Arquidiocese de Natal e o Sr. Arcebispo Metropolitano, Dom Matias Patrício que dará posse ao novo administrador, o Pe. Francisco Assis.

quinta-feira, 17 de março de 2011

ESPAÇO CIDADANIA

A Constituição Federal de 1988 diz em artigo 5 que “ todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança...”
Mas será que os direitos e garantias auferidos no artigo 5 da Constituição Federal são respeitados? Todo o cidadão brasileiro vive sob o prisma encontrado nesse artigo? Não há distinção de pessoas, ou classe social em nosso país? Todos tem realmente o direito à vida, à liberdade, à igualdade e à segurança? A resposta é uma só para todos esses questionamentos. Não!
Vivemos em constante contradição com nossa Constituição Federal que é a lei maior de um país. A igualdade entre cidadãos já se tornou uma utopia, sendo considerada apenas um sonho bonito e distante da feroz realidade brasileira. Percebe-se também que vidas são varridas do seio social antes mesmo de terem a oportunidade de nascer.
A liberdade já não é algo natural, haja vista que nas grandes cidades em determinado horário não se pode circular livremente nas ruas, tamanha é a violência. No que tange a segurança a calamidade já se fez real, tomando conta dos bairros e ruas das metrópoles e que hoje também tem se estendido para as cidades pequenas e pacatas.
Por fim, os direitos e garantias resguardados em nossa Constituição e expressado em seu artigo 5 em sua maioria não são respeitados e muito menos cumpridos. Sendo assim, toda a sociedade querendo ou não, é afetada direta ou indiretamente. A lei está no papel, entretanto, o nosso artigo 5 serve apenas de enfeite, já que não atende aos seus anseios da sociedade brasileira.

Josy Souza

terça-feira, 15 de março de 2011

NOVO ADMINISTRADOR PARA A PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO

O Pe. João Maria dos Anjos Sobrinho chegou a paróquia Nossa Senhora do Livramento no ano de 2004 quando ainda cursava o 4º ano de Teologia, para realizar o seu estágio pastoral junto com o então administrador paroquial, Pe. Jonerikson Gomes.
No dia 04 de abril de 2005, foi ordenado diácono provisório continuando a trabalhar na paróquia.
No dia 12 de outubro do mesmo ano foi ordenado presbítero pela mãos do Senhor Arcebispo de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo.
Após sua ordenação, o Pe. João dos Anjos foi auxiliar o Pe. Assis na paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Ceará-Mirim, atuando por lá até o final de 2007.
No dia 21 de janeiro de 2008 tomou posse como administrador paroquial da paróquia Nossa Senhora do Livramento onde esteve até a presente data.
Agora terá um novo trabalho como vigário paroquial na paróquia de Santo Antonio de Pádua, em Parque dos Coqueiros, Natal.
O novo administrador da paróquia Nossa Senhora do Livramento é o Pe. Francisco Assis que atuou como vigário na paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Petrópolis, auxiliando o Pe. Robério Camilo.
Data ainda não marcada, mas provavelmente ainda neste mês de março.

sábado, 5 de março de 2011

QUARESMA 2011

A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.
Na quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira (até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive - Diretório da Liturgia - CNBB) da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão à conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.
Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.
Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.
Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer
A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma conseqüência da penitência.
É costume jejuar na Quaresma, ainda que ele seja válido em qualquer época do ano. A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função.
Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades. O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.
O percurso da Quaresma é acompanhado pela realização da Campanha da Fraternidade – a maior campanha da solidariedade do mundo cristão. Cada ano é contemplado um tema urgente e necessário.
A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda os cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige a participação de todos na sua solução. Ela tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida da igreja e ao mesmo tempo resolver problemas reais.
Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor: exigência central do Evangelho. Renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
Os temas escolhidos são sempre aspectos da realidade sócio-econômico-política do país, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria. Os problemas que a Campanha visa ajudar a resolver, se encontram com a fraternidade ferida, e a fé, tem o compromisso de restabelecê-la. A partir do início dos encontros nacionais sobre a CF, em 1971, a escolha de seus temas vem tendo sempre mais ampla participação dos 16 Regionais da CNBB que recolhem sugestões das Dioceses e estas das paróquias e comunidades.
A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando à transformação das injustiças sociais. Este ano a Campanha da Fraternidade nos apresenta um tema muito em evidência a preocupação com o meio ambiente e nos traz como tema: FRATERNIDADE E A VIDA NO PLANETA. E seu lema: “A CRIAÇÃO GEME EM DORES DE PARTO” (Rm 8,22).
Desta forma, a Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à Páscoa.
As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da Semana Santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento.
Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira santa, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e, portanto, o resgate dos pecadores.
Depois, vem a celebração da Sexta-feira da Paixão, também conhecida como sexta-feira santa, que celebra a morte do Senhor, às 15 horas. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus.
No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos. Sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.

Pe.Jonerikson Gomes
Vigário paroquial de Macaíba/RN.

Fonte: CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Arquidiocese de São Paulo - Vicariato da Comunicação

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