No dia 23 de março, a Paróquia Nossa Senhora recebeu seu novo administrador, o Pe. Francisco de Assis da Silva, em solenidade presidida pelo Sr. Arcebispo de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo, onde também estiveram presentes vários sacerdotes da Arquidiocese de Natal e da Paraíba. O Pe. Assis chega com o desafio de dinamizar o trabalho pastroral e administrativo da Paróquia. Para os dois municípios que compõem a Paróquia, Taipu e Poço Branco, o Pe. Assis traz em sua bagagem a experiência de trabalhos realizados em outras paróquias e muitos estudos obtidos em seu tempo sacerdotal. Alguém dinâmico que quer que o povo participe mais ativamente da vida paroquial. Abaixo, segue o seu dircusso de posse. . Exm°. Sr. Arcebispo Dom Matias Patrício de Macedo; . Exm°. Sr. Prefeito Municipal de Taipu, Sebastião (Bastinho); . Revm°s. irmãos no presbitério; . Meus irmãos e irmãs paraibanos, natalensens; . Minha família; . Queridos paroquianos e paroquianas; Ao mesmo tempo em que invoco a proteção da Santíssima Virgem em sua invocação de Nossa Senhora do Livramento, Patrona desta Paróquia, para mim e para todos os queridos paroquianos, desejo que todos aqui presentes sejam também contemplados por esta mesma bênção, enquanto e por enquanto tudo se ensaia, tudo se planeja, tudo se inicia. Nossa Senhora, cada vez mais amiga e mais solícita, velará especialmente por nós, não só nesta hora, mas por todo o sempre. Quando é a alma que rala, as almas são atingidas. Quando é Deus quem rala, quem pode resistir? Oxalá possa Deus falar ao meu, aos nossos corações. Como não receber, com espírito de fé, esperança, caridade plena e alegria, a determinação fraterna da minha Igreja, através do meu Pastor D. Matias, a determinação para que eu viesse, como irmão, e na caridade, pastorear este rebanho? Trata-se da Ação Divina. Com a providência não discuto. Aceito de coração aberto, a preferência divina. Deus quis precisar de mim. Eu não me pertenço: eu sou uma arma secreta da Igreja de que Deus quis precisar de mim, apesar dos enormes limites, para ajudar acordar as mentalidades e acalentar os corações. Aqui faço questão de salientar um sentimento: Nenhum medo. O Senhor está presente. Longe de qualquer sentimento esnobista, estou de fato me sentindo como se estivesse assumindo a minha primeira Paróquia, lá pela Paraíba, mas concretamente, na Serra de Araruna. Digo mais: Um tempo novo começou na minha vida. Pedir a proteção de Deus é preciso. Que nem as dificuldades me abatam, nem os sucessos me façam tontear. Preciso de visão larga, sintonização perfeita, sentido construtivo, profundo amor à Igreja... Intenção exclusiva: ajudar a todos os meus irmãos na fé. Fiz-me apóstolo desta ideia. Em síntese: viver, com a graça divina, o ideal de vida. Mergulhar pensamentos, palavras e obras na fë, na esperança e na caridade. Deus me proteja de maneira encantadora. Assim sendo, há tranquilidade interior. Paz! Claro, que não estarei ausente de sustos e aflições, mas também de alegria e esperança. Tenho pensamento de paz, não de medo, muito menos de aflição. Tranqüiliza-me sentir que, com a graça divina, vivo, cada vez mais, a vontade divina. Mais precisamos cultivar a humildade: Os tempos passam. Podemos amadurecer com eles. Dentro da dinâmica da vida, a partir dos avanços e recuos, do que é certo ou menos certo. Coloco-me, pois, em ângulo muito diverso de alguns que me levaram pela contra mão. Não é presunção de minha parte. Deus sabe que não o é. Longe de mim do desejo imoderado de atrair admiração. Parece-me de enorme beleza a coragem de rever posições, de reconhecer atitudes não muito acertadas, de assumir posição mais humana, mais caridosa e mais cristã, própria de um irmão, que recebe da Igreja a missão de confirmar os irmãos na fé, de comum acordo com a Graça do Filho, o Amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo. Deus vai ajudar-me a fazer o mais sereno, o mais cristão, o mais maduro. Peço misericórdia e paz. Claro que quem pede misericórdia é obrigado a aplicar misericórdia; quem pede paz, deve transformar-se em mensagem de paz. É claro que a responsabilidade é grande. Que Deus me inspire! Que Deus me ilumine! Que cada gesto, cada palavra, cada silêncio seja adequado à vontade divina. Não me recriminem pelo que vou dizer. Espero ser compreendido. Nesses próximos dias passados, em contato com alguns irmãos e irmãs, tenho conseguido ler na fisionomia das pessoas, em relação ao novo irmão que acabar de chegar a esta Comunidade paroquial, a exigência de autenticidade; crêem que é preciso gestos humildes, mas concretos; querem mais limpidez nas relações humanas e ardor no anúncio do Evangelho; é o que Taipu e Poço Branco esperam, sem sombra de dúvida, e de modo especial. Como fazer? O fundamental não é chegar a ações extraordinárias, mas a fazer, de modo extraordinário, o ordinário... O desejo de trabalhar é incomensurável: Sozinho, nunca. Jamais. Arrancada ou se faz em equipe, em regime de ajuda fraterna, de apoio mútuo, ou não se faz. Está no caminho certo o poeta e cantor quando diz: "Sonho que se sonha só é pura ilusão". Sonhemos de coração a coração! De mãos dadas! Sintonizados e banhados pela força do Espírito de comunhão com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, Aparecida e o Projeto Pastoral de Evangelização da Arquidiocese de Natal, iluminados pela graça da Trindade Santa em nome de quem iniciamos toda a prece e de quem recebemos toda a inspiração, esperamos e confiamos que esta Comunidade paroquial viva uma forte comoção e experimente a alegria de ser discípula missionária, para que nossos irmãos e irmãs em Cristo tenham Vida. Como não recordar aqui as palavras do inesquecível timoneiro da paz, João Paulo II, de saudosa memória? Na sua Carta Apostólica Novo MiUennio Ineunte, o Papa nos chama a atenção, dizendo "que as palavras que um dia Jesus, depois de ter alado às multidões da barca de Simão, convidou o 'Apóstolo a avançar para águas mais profundas' e a lançar as redes para a pesca: "Duc in altum" (Lc 5,4). Pedro e os primeiros companheiros confiaram na palavra de Cristo e lançaram as redes. 'Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe' (Lc 5,6). Duc in altum! Estas palavras ressoam hoje aos nossos ouvidos, convidando-nos a lembrar com gratidão o passado, a viver com paixão o presente e a abrir-nos com confiança ao futuro: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre" (Heb 13,8). Agora é hora de me perguntar a num mesmo? Qual a razão de ser de minha presença por estas terras? Assim enuncia o objetivo geral das Atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2008-2010): "Evangelizar, a partir do encontro com Jesus Cristo, como discípulos missionários, à luz da evangélica opção preferencial pêlos pobres, promovendo a dignidade da pessoa, renovando a comunidade, participando da construção de uma sociedade justa e solidária, "para que todos tenham Vida e a tenham em abundância" (Jo 10,10). "Só uma Igreja missionária e evangelizadora experimenta a fecundidade e a alegria de quem realmente realiza sua vocação. Assumir permanentemente a missão evangelizadora é, para todas as comunidades e para cada cristão, a condição fundamental para preservar e reviver o clima pascal de alegria no Espírito, que animou a Igreja em seu nascimento e a sustentou em todos os grandes momentos de sua história. Por isso, o apóstolo Paulo podia afirmar e confirmar com vigor: "Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim. É, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim se eu não evangelizar" (cf. l Cor 9,16). Deus tem ajudado à Igreja que está em Natal, inspirando os seus pastores., e, de maneira bastante generosa, nesses últimos tempos, ao nosso Pastor Dom Matias, na condução da Igreja ser aberta, arejada, corajosa e definida no seu Projeto Arquidiocesano de Evangelização. Basta vermos o Objetivo Geral dos Programas 2009-2011: "Propor o desenvolvimento de ações missionárias, de formação e de setorização para proporcionar a renovação das comunidades, seguindo os passos do Documento de Aparecida, atendendo às dimensões da pessoa, da comunidade e da sociedade". Pois bem, como não dar relevo a tudo isso, sobretudo, quando escutamos os nossos pastores, os bispos falando na V Conferência Latina Americana e do Caribe, em Aparecida, ao afirmarem que "a grande tarefa de proteger e aumentar a fé do povo de Deus e recordar também aos fiéis deste Continente que, em virtude de seu Batismo, são chamados a ser discípulos missionários de Jesus Cristo" (n. 10)? "A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais... Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários... (n. 11). "A todos nos toca recomeçar a partir de Cristo, reconhecendo que 'não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva" (12). "Conhecer Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher. Mas então Taipu e Poço Branco, vamos continuar, como vocês vinham agindo, em comunhão com os meus irmãos padres antecessores, não medindo sacrifício para corresponder, de todo, ao Plano Divino. O que era bom, ainda mais se aprimora. Claro, sintonizados com o zonal, a Diocese, o Regional, o Brasil, embora sempre com este pano de fundo sob os olhos, mas em primeiríssimo lugar, o esforço máximo de nossa vida pertence à Igreja, porção do povo de Deus, que está aqui nesta Paróquia de Taipu, que tem como patrona Nossa Senhora do Livramento. Mas Como passar dos bons desejos, dos bons propósitos, à realidade, pondo em função tantos desafios? Como dar-lhes formas e expressão? Como dar o relevo merecido às Pastorais e as Irmandades e aos Serviços e aos Movimentos? Como dar presença ao mundo da política, da Escola, do trabalho, da família, dos artistas, na vida dos pobres e de qualquer condição social? Como intensificar a caridade e a justiça entre nós? Quem tiver sido esquecido que me perdoe e me complete. Quanta responsabilidade!..., mas acredito que poderei contar com a compreensão das nossas comunidades, dos irmãos presbíteros, especialmente aqui do zonal e, também, dos leigos e leigas, protagonistas da missão e, ainda as bênçãos do nosso Pastor Arquidiocesano D. Matias, nesta nova fase evangelizadora missionária e catequética, por esta seara. Espero poder priorizar e cultivar bem o diálogo com qualquer um, com qualquer uma. Sem quebra de tranquilidade interior, vamos ao diálogo, porque ele não menos misterioso, profundo e belo... Como é bom ter a confiança de pensar alto, sem travo e sem medo, concordando ou discordando, dizer o pensamento até o fim. Duas ideias, entre tantas trazidas pela Conferência de Aparecida, gostaria de refletir um pouco aqui e agora, e de maneira mais demorada, mas não o faço por causa do tempo, é o tema sobre a Paróquia, comunidade de comunidades. As Paróquias são chamadas a ser casas e escolas de comunhão''(n. 170) e o outro tema diz respeito a Identidade e missão dos presbíteros, que aliás tudo se resume na citação: "Minha Missa é minha vida e minha vida é uma Missa prolongada!" (cf. n. 191). Testemunho é o que o povo quer: Nada contra a quem é intelectual, mas o que o povo quer mesmo é testemunho de cristianismo autêntico. Não basta saber língua. Não basta facilidade de falar. Nem mesmo cultura requintada. O que o povo quer é santidade. E santidade não se finge: o povo tem faro. Santidade não se improvisa: tem que ter por de trás toda uma existência de real e profundo amor a Deus e aos homens e mulheres. Meu lema de vida (meu preceito): Meu lema de vida: diálogo, "alegria, simplicidade, misericórdia". Espero que o que acabo de dizer não se tome impotente em minha vida, em nossa vida! Faço minhas as palavras de Dom Helder Câmara ao dizer: "Sabem o que considero imensa graça divina? E viver cada instante com 101% de autenticidade e vibração". "Senhor, mostrai-me vossos caminhos e ensinai-me as vossas veredas". Ajuda-nos, Pai querido, a acertar com a Tua Vontade, sem, de modo algum, defender a nossa como se fosse a tua". Graça divina: Dizia Dom Helder Câmara: "Tudo é graça! E graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa; manter o ritmo e não desistir, podendo ou podendo, caindo embora aos pedaços chegar até o fim!". Trindade Santa, quanto ao que eu disse, se possível, complete o que falta à fala de menos, e entenda e perdoe o que sobra na fala demais... Que Deus nos abençoe nos conduza e Nossa Senhora do Livramento também! Assim seja! Agradecimentos: - A Deus...; - A Dom Matias; - Referência ao Arcebispo: Dom Matias, homem de naipe e quilate especiais: Com ele, sim, podemos conversar de coração aberto, alma rasgada, sem medos ou restrições... Como o senhor, conheço poucos homens tão serenos, tão simples, tão sinceros, tão generosos. Quanta leveza de coração! Eu sou mais um, entre tantos outros testemunhos do que acabo de afirmar. Foi do Senhor, Dom Matias, que Deus se serviu para trazer-me a Natal, a Paróquia de Nossa de Lourdes e Mãe Luíza, e agora Taipu e Poço Branco. - Pé. Robério... - As Comunidades... - Os amigos que vieram de outras paróquias: + de Natal, + do VII Zonal, + do Estado da Paraíba.